5 Fatos Históricos sobre Praia Grande

O município de Praia Grande, no litoral de São Paulo ao longo dos anos viveu um grande período de transformação e foi, de balneário que muitos visitavam só por um dia, ao município de grandes construções e a um dos destinos mais procurados do país.

Mas a sua história tem certas peculiaridades que estaremos trazendo para vocês, cada um desses fatos apresentando inúmeras riquezas do município que valem a pena ter um certo conhecimento:

TERRITÓRIO DE REIS

Com a chegada dos portugueses no Brasil, a relação das pessoas com a terra mudou, afinal todo o território foi declarado como pertencendo ao rei de Portugal, mesmo que já houvessem índios no local.

Sentindo-se dono do Brasil, o rei de Portugal D. João III pegou um mapa e dividiu suas terras em 14 partes. Cada parte ficou sendo uma Capitania Hereditária, a partir de 1534, nobres portugueses passaram a receber capitanias para administrar e delas tirar riquezas.

O Brasil foi dividido entre os portugueses e as terras dos índios foram pouco a pouco sendo conquistadas.

CAPITANIA DE SÃO VICENTE

As terras que pertencem a Praia Grande atualmente, antes pertenciam à capitania de São Vicente que muito tempo depois acabou por se tornar capitania de São Paulo e, séculos mais tarde, estado de São Paulo.

Toda a capitania era administrada por pessoas que viviam na vila de São Vicente, fundada em 1532, nesta vila se instalaram os primeiros portugueses que colonizaram a região e que investiram aqui nos primeiros engenhos de produzir açúcar. Praia Grande que hoje é município do estado de São Paulo, pertenceu à cidade de São Vicente até 1967, quando ocorreu sua famosa emancipação política.

Ver o artigo do Julio Batista sobre: Porto Seguro ou São Vicente? Qual a primeira cidade do Brasil

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

A emancipação política não foi do dia para a noite, também nem se tratou da vontade de uma pessoa só, as pessoas que aqui moravam não estavam contentes com os problemas que enfrentavam, como a falta de saneamento, escolas, transporte, hospitais, abastecimento de água, luz, vias de acesso.

Enfrentando tantos problemas, os moradores do bairro de Solemar viram a possibilidade de se desmembrar de São Vicente e de Praia Grande ganhar autonomia. Contudo a emancipação só ocorreu em 19 de janeiro de 1967. O engenheiro Nicolau Paal foi nomeado interventor federal no município, com instalação provisória da prefeitura no Ocian Praia Clube e a primeira eleição municipal na Praia Grande foi realizada em 15 de novembro de 1968, tendo como prefeito Dorivaldo Loria Junior.

ANTIGOS HABITANTES

Os povos que ocupavam o litoral antigo comiam principalmente mariscos, ostras, berbigão e peixes. Após se alimentarem, deixavam os restos desta alimentação sempre no mesmo local, formando um grande monte de conchas e ossos, chamado pelos arqueólogos de sambaqui. Sambaqui é uma palavra de origem indígena, especificamente da língua tupi – tampa = conchas e ki = colina, devido à isso os estudiosos chamam estes povos antigos de Cultura Sambaqui.

Os homens e mulheres dos sambaquis desapareceram há 1000 anos e não se sabe como isto aconteceu. Os esqueletos encontrados indicam que eram baixos e fortes e muito diferentes fisicamente dos índios Tupi que os portugueses encontraram aqui no nosso litoral 500 anos atrás.

O TURISMO NO SÉCULO XX

No início do século XX, os banhos de mar eram recomendados com fins terapêuticos, para tratar da saúde, por conta de uma suposta de concentração de iodo. Com isso as pessoas vinham para a Praia Grande se banhar ao raiar do dia, ainda de madrugada. Normalmente os turistas vestiam geralmente como trajes de banho duas peças feitas de baeta, um tecido felpudo de lã: calça até os tornozelos, camisa de mangas compridas, franzida e com abas.

Ao longo dos anos, o turismo da cidade mudou muito, na década de 60 e 70, a cidade recebia o turista de um dia, que vinha à praia para se divertir no mar. Para atendê-lo, existiam cabines de banho e até maiôs que podiam ser alugados, o comércio procurava sempre atender os gostos destes turistas.